8 de agosto de 2013

A Gaiola

Ontem foi dia de cinema. Graças a uma promoção xpto havia uns bilhetes que tinham que ser usados até ontem e lá fizemos o sacrifício (oh sacrifício!) de ir ao cinema.

Confesso que não tinha grande curiosidade em ir ver A Gaiola Dourada, porque normalmente não acho grande piada aos filmes franceses ou a filmes portugueses (sim, é verdade) e o tema não me diz assim grande coisa.
Mas como a companhia era bem disposta e danada para brincadeira lá fomos nós, expectantes e ansiosos para ver o que tinham para nos mostrar.

Só tenho uma palavra: ADOREI!! :)

Primeiro que tudo, é impossível não achar graça à Rita Blanco (que, curiosamente, não falava francês antes de entrar neste filme) e à Maria Vieira. Mas se aliado a isto vêm as típicas expressões portuguesas embrenhadas no discurso francês, a ideia que existe em França acerca do povo português e se tudo flui com tanta graça e naturalidade, então é ouro sobre azul.

Para quem não conhece a história, A Gaiola Dourada é baseada na vida de (mais) um casal de portugueses, José e Maria Ribeiro, que vive e trabalha em França há mais de 30 anos, onde já constituiu família e se tornou indispensável para os seus patrões. A história muda quando descobrem que o irmão de José morreu e lhe deixou uma enorme fortuna e terrenos em Portugal.
Mas para baralhar a coisa, a fortuna só poderá ser entregue se para lá forem viver.
E é aqui que vai surgir a questão: mais vale viverem "livres" no país em que nasceram ou será que é melhor continuarem a viver dentro da "gaiola" que sempre lhes deu tudo o que precisavam e a quem eles sempre deram tudo o que tinham?

Durante todo o filme é possível reparar em pormenores tipicamente portugueses como as marmitas e os Tupperwares de comida, a Super Bock e os pastéis de bacalhau, a paixão pelo futebol, as "codrilhices", a noção de família unida e principalmente a maneira de estar na vida, sempre prestáveis e a querer ajudar toda a gente.

Há muito deste "calor português" durante todo o filme e juntamente com as piadas, e acho que é isso que o transforma numa agradável surpresa.

Vão ver e de certeza que não se vão arrepender! ;)





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